sábado, 30 de agosto de 2014
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Tem rosto que me parece familiar
Tem rostos que desconheço
Tem rosto que me traz nostalgia
Tem rosto que me faz chorar
Tem rosto que me faz sorrir
Tem rosto que me faz odiar
E ainda há aqueles que olho...
E não sinto nada!
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Era como se algo do
passado retornasse ao presente com uma força e ao mesmo tempo temor.
As coisas que antes pareciam fazer parte de um passado distante, agora
se tornavam um futuro incerto e deserto. Não sabia como agir e qual
sentimento retornava ao ver a presença de alguém do seu passado que
ela julgara enterrá- lo há tempos. O medo de crescer tomava conta
de seu ser... O que poderia fazer era amadurecer os
sentimentos dentro dela.
Ela pensava que poderia
viver das lembranças do que havia guardado, e que o presente poderia
mudar o futuro, sentimentos e atitudes. Mas sempre o passado voltava
e vivia a atormentar o presente que se mantinha ainda incerto perante
o futuro.
Um grande amigo voltou
a conversar com Mel e se comunicavam por mensagens. Foi
quando ela começou a namorar, e logo após recebeu um telefone. Conversaram
durante horas lembrando do que sentiam e coisas simples do passado e
como tudo começou...
__ Adoro, corpo malhado!__ Tá vou esperar o corpo malhado só no sonho, mas minha imaginação é fértil pode deixar.
__ Chata! Fica com Deus, sonha comigo não!
__ Tá vou sonhar... mas vai ter que sonhar comigo que sou um anjo...
__ Anjo eih, a tá! Tenho até medo, ou vou lá, beijo. A gente se econtra semana que vem
porque vou viajar amanhã.
__ Boa viagem! Beijo.
Durante alguns dias conversaram e sentia que as coisas estavam ficando diferentes... E foi no boa noite que percebeu isso. Então, passaram a conversar quase todos os dias. Uma semana depois...
__ Oi....joia?
__ Bem e você?
__ Bem, foi na missa?
__ Fui sim, porque nao foi?
__ Tinha reunião, foi o Pe. José? Queria ter ido...
__ Foi ele mesmo, boa como sempre, além de ter eu lá!
__ Ui delíciaaaaaa!
__ Adoro, saudade de você mesmo. Desde o ano novo que não te vejo ou melhor depois do carnaval!
__ Pois é, e você o que fez no carna?
__ Viajei. E você aprontou todas no carnaval??
__ Um pouco, teve muito bom!
__ Imagino, saudade da solteirice.
__ Só lamento, mas o namoro ta firme firme?
__ Firme igual prego na areia!
__ Mesmo?
__ hum....
__ Oh trem tá feio, mas nada que muito álcool e drogas não resolvam! To zoando, mas sabe quando o trem começa a ficar morno, rotineiro, sei lá! Peteco...
__ Sabe aquele dia que te gritei na rua?
__ Sei, que mico! Eu tava comendo uma banana na avenida.
__ Meu pai falou que você é muito bonita, é pra acabar!
__ Era seu pai? Não vi direito passou rápido.
__ Nossa, bonitinha é feiinha arrumadinha! Você está namorando?
__ Não, por quê?
__ Só pra saber...
__ O povo devia querer só pegar sem compromisso, povo quer coisa séria. Se você não quisesse compromisso até dava uma chance para você, brincadeira viu!
__ Pois é, eu estava pensando seriamente e acho que aproveitei pouco essa vida.
__ Então, se não quisesse compromisso.....
__ Vou pensar na proposta....
__ Pensa ai, vai perder.
__ Perder o quê? Nessa vida se você perde algo ganha experiência.
__ Que experiência você está ganhando?
__ Estou descobrindo o que quero pra mim.
__ Boa!
__ Homem dá trabalho demais!
__ Tem que ser sem compromisso, te falo uai!
__ Ai, para com as propostas indecentes...
__ Tá bom, vai perder hehe!
__ Se eu aceito...
__ E vai mesmo.
__ Quando a propaganda é demais a gente desconfia, sou igual são tomé, tem que ver pra crer.
__ Uai, só querer.
__ Já disse pra não provocar...
__ Por quê?
__ Quem procura acha, quem provoca, também é provocado!
__ Estou procurando pra achar.
__ E o que exatamente quer achar?
__ Para um bom entendedor pingo é letra.
__ Posso pensar o que eu quiser do pingo?
__ Pode, mas pensa no melhor.
__ Um pingo pode ser "n" coisas.
__ Mas tem umas melhores!
__ Está bem, continua me provocando, depois vem reclamar. Minha imaginação é fértil tanto quanto a sua.
__ Mas é para ser fértil. Você tá entendendo o que tô falando.
__ Um dia vou escrever um livro da minha vida pra depois eu ler, e não esquecer dessas coisas.
__ Ridícula, tenho até medo o que vai sair nesse livro.
__ De boa minha vida e meu passado não me condenam, pelo contrário. Por enquanto tá fraquinho o livro, mas ainda posso apimentá-lo.
__ Adoro! Vou fazer parte do livro?
__ Depende da sua atuação, se fizer por merecer ter um papel importante.
__ O que eu tenho que fazer então?
__ Bom de acordo com sua imaginação, ela não é fértil, então use-a!
__ Não sei se o que eu te falar vai te agradar, entao prefiro que fale.
__ Eu? Sou machista prefiro que os homens tomem a dianteira.
__ Mas do que eu estou tomando a dianteira?
__ Uai sei lá o que pensou? Homem só pensa em naquilo, mas vou fingir que não pensou isso. Amanhã vou ficar com vergonha de você, só falei besteira.
__ Minha mente é pura, vergonha nada, Quero fazer parte do seu livro nas mudanças.
__ Às vezes eu queria chutar o balde e dar uma de louca.
__ Não to falando de loucura, estou falando de vontades. É "vontades"...eis a grande palavra.
__ É difícil nao passar vontade nessa vida. Ultimamente tenho tido muitas vontades e pouca coragem...
__ Então, estou afim de ajudar você nessas coragens que talvez sejam as minhas também.
__ Sério? Acho que são sim. Aquele dia que estava bêbado na última festa e me disse: eu te odeio... me deu uma vontade...
__ De...? Você sabe que não te odeio, sabe sim... E você às vezes não sabe das minhas vontades.
__ Eu sei que não me odeia. Acho que também sabe das minhas vontades. Mas falando sério, achava que era coisa da minha cabeça.
__ Mas é serio, falando claro nunca tive segundas intenções com nenhum amigo antes, mas com você tem um calorzinho a mais.
__ Chata!
__ Mas daí é uma coisa que a gente nao controla! Sem compromisso, só farra boa. Minha vida já está de pernas pro ar mesmo.
__ Primeiro a gente bagunça e depois a gente vê. Só estou falando o que penso e quero. Sempre falava brincando pra não dar muito na cara, mas agora sabe que é verdade.
__ Tá me dando um trem na barriga que vai subindo, vou nem dormir essa noite.
__ Bom ou ruim?
__ Nem sei, deve ser bom! Eu acho... Só tá aumentando a vontade. Sabe que não estou brincando também, né?!
__ Espero que não, por que eu também não estou.
__ Você sempre leva as pessoas para o mau caminho.
__ Queria levar era você.
__ Está conseguindo...
__ Quero conseguir de verdade.
__ Você tá chegando no limite da provocação...
__ Chata!
__ Que vão fazer? Beijar na boca, beber, e ....
__ Conversar...
__ Ahh! Isso é fazer rolo, então me leva pra fazer rolo também uai!
__ Adoro conversar!
__ Também!
__ Beijo, fique com Deus.
__ Com Deus também, beijo!
__ Amém!
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Começou pelo telhado a destruição daquela casa. Tinha paredes e grades brancas, portas de madeira e venezianas cinzas. Era bem antiga e simples a construção. Foram sendo retiradas, telha por telha, depois janelas e portas. Outro dia, pela manhã, o restante foi destruído. Como uma simples brincadeira de criança o trator foi destruindo tudo ao redor. As paredes que sobraram, também, se foram e só restou um quartinho dos fundos. Muitos tijolos, terra, poeira, casa no chão. Sempre que olhava para ela me remetia a um sentimento de carinho, amor inacabado, nostalgia que também precisava acabar. À medida que fui vendo aquelas ruínas foi morrendo o sentimento, os momentos, as lembranças que ela me trazia, foram desaparecendo. Logo, ali estaria construído um prédio, um restaurante algo diferente e ninguém mais se lembraria daquela casa branca. Às vezes é preciso mudar o coração e destruir as muralhas da mentira, da ilusão que inventamos; desarmar o coração. O difícil é começar a construir do zero. Tem horas que o coração anseia por algo novo, diferente. E outros momentos que precisa de continuidade, perseverança, um fio de esperança, de eternidade. A gente muitas vezes se cansa de recomeçar. Foi assistindo aquelas ruínas que precisei destruir coisas aqui dentro. Como construção velha sempre tem um quartinho que ainda insistimos em manter, reconstruir com os destroços e guardar alguma coisa. Mas chega uma hora que tudo isso, também, precisa deixar de existir. Nova construção, começar pelos alicerces e depois o restante aos pouquinhos. Lembro muito nos momentos em que vivi ali e só ficaram na lembrança. O lugar já não é mais o mesmo, é também saudade da infância, quando as coisas eram tão simples e a única preocupação era em guardar os brinquedos pra mãe não se zangar. Tudo já era bem definido na brincadeira. Quem era o namorado de quem, quantos filhos já tinham e mais quantos iam ter, para onde iam viajar nas férias. Por que depois que a gente cresce fica tão difícil construir nossa história? A gente complica e implica com tudo. Antes era só montar a casinha, colocar os móveis no lugar e contar a história. Mas a melhor coisa era a montagem de tudo, colocar as coisas onde a gente queria. Montar a cozinha, as cadeirinhas, o quarto, a cama, a penteadeira, a sala, a televisão, o sofá, a mesa na sala de estar. Viver ali era tão simples até a mãe chamar para o jantar.
Tem dias que é difícil arrumar dinheiro para sair. Na cidade de Uberaba todo mundo que começa a namorar engorda, porque os únicos lugares para sair é para comer. Sem dinheiro, sem carro, e com um pai bravo em casa, restam poucos, ou nenhum lugar para namorar. Demoramos muito para achar um lugar ideal e, nessas andanças, encontramos o nosso cantinho secreto. E foi difícil de encontrar; as mais claras, não têm clima e as que são escuras tem perigo. Num dia desses apareceu um rapaz que descia a rua em direção à praça. Quando nos viu, mudou seu percurso e foi até nós. Ele se aproximou. Estava sujo, com aparência estranha, parecia estar chapado. Era negro e apresentou uma carta que dizia que ele acabara de sair da prisão. Meu namorado também era negro, mas a carta parecia de “alforria” e ele pretendia nos amedrontar. Até, então, não sabia ao certo se ele tentava nos intimidar ou se era mesmo perigoso. Foi falando que queria dinheiro, e o que era óbvio: não tínhamos ou, então, não estaríamos ali. Ele estava muito drogado e queria comprar mais. Dizia que tinha matado um cara e que estava armado. Mas o que mais parecia era que tinha apanhado, por causa de alguma dívida. Parecia estar desorientado atrás de dinheiro, em abstinência. Eu estava abraçada com meu namorado e sentia uma batida forte e acelerada em seu peito. Minha bolsa estava no colo e num movimento rápido meu bem se levantou e tirou a carteira da bolsa, na qual haviam somente dois reais. O cara queria cinco reais e não tínhamos. Daí ele diz: __ Eu troco cinco reais pelo meu revólver e colocou a mão para trás. Eu fiquei imóvel e só rezava para o nosso anjo da guarda nos proteger. Afinal, não tinha mais o que fazer. Então, vi ao lado do nosso banco uma caixa de sapato com um tênis. Mostramos para ele. Foi o que o distraiu. Enquanto revirava a caixa, esfregava a nota de dois reais em sua boca sangrando. Pedi que ele levasse. Depois de chutar a caixa e perceber que era mesmo um tênis, aproveitamos a distração e colocamos o capacete. Ele olhou o que havia dentro e gostou. Despedimos dele e fomos embora. Até hoje me pergunto quem estava com mais medo: ele, ou nós ali naquela praça escura? Acho que não saberei nunca. Mas de uma coisa eu sei: mesmo depois daquela noite, no outro dia, estávamos lá novamente. Afinal, é nosso cantinho secreto e não saímos espalhando por aí. Nos dias atuais, achar a pracinha ideal é um desafio. (CARVALHO, Andréia Rosa de. Jornal Revelação. Jan 2010.)
terça-feira, 16 de abril de 2013
Saiu de casa, repentinamente, e foi comprar sapatos novos e ao olhar a vitrine percebeu que havia um exatamente igual ao o que ela havia tido um dia. Mesma cor, mesmo número, mesmo detalhe, mesmo salto, mesma estampa. Ela sabia que queria algo semelhante, mas ao mesmo tempo diferente, novo. Ela havia se apegado a como era bom estar vestindo aquele calçado. Procurou entre milhares de pares e nenhum era como o que ela queria, foi à diversas lojas. Porém não encontrava nenhum que fosse exatamente como ela queria e do tamanho que lhe servia. Às vezes o modelo era extravagante, mas servia. Ou exatamente como ela havia imaginado, sonhado; entretanto era maior, outras vezes menor, não lhe cabia,. Olhou, vestiu, calçou, caminhou com alguns para ver se era bons, confortáveis, macios, bonitos, amáveis. Alguns a machucavam, outros não entravam, outros excediam e deixavam o pé muito livre, ficavam saindo do pé. Procurou, revirou, andou de lugar em lugar de loja em loja e não encontrou. Sempre que colocava se lembrava da história daquele sapato que foi usado, gasto, sujo, perdeu um pouco do brilho, da cor, mas continuava sendo o seu predileto. Se lembrara quando o viu pela primeira vez. Eram milhares espalhados, mas ela olhou diretamente para ele, mesmo na hora estando vestindo outros calçados. Dançou com um que a apertou, outro que saltava do pé, outro que nem entrou. Mas quando percebeu que ao longe de todos aqueles belos pares, lá estava ele a esperando, foi em sua direção. Parecia que já se conheciam, e com certeza já tinham se visto antes. Sabiam que eram o mesmo número; sapato e pé. Porém há muito tempo não se encontravam, nem ao menos haviam um dia conversado e nesse dia depois de beber um pouquinho mais eles se calçaram. Sapatos e pés do mesmo tamanho, se beijaram por uma noite toda, sem parar, sem se cansar, ao som de música, bebida e diversão. Seus lábios se tocavam como se aquela fosse a última noite na qual se tocariam, como se não houvesse outra oportunidade, outro momento igual. Sentaram e conversaram sobre como seria bom que aquela noite durasse por mais tempo, dias, meses, anos, para sempre. Ou que talvez não passasse dali, ou, também, poderia continuar um poucos mais... E naquela conversa sabiam que se encontrariam novamente. No outro dia, era muita gente, muitos sapatos, muitos pares errados, desencontrados. Até que de costas ela o avistou o cumprimentou e não mais se cansava de tocar suas costas, seu peito, seu pescoço, seus lábios e o que mais parecia é que só duraria ali mais aquela noite e que pareceu a noite perfeita, com o par perfeito, o sorriso satisfeito, a esperança refeita. Após três dias recebe uma doce mensagem que enchera seu coração de alegria: “Bom dia, meu anjo, tudo joia?! Já estou com saudades dos seus beijos.” Mais longos três dias e ele ligou, disse que andava com saudades de aquecer aqueles pés tão soltos. Ela também sentia saudades, mas não acreditava que era uma simples realidade, que era verdade. Mais três dias: “O que tá fazendo agora? Quero te ver hoje, o que faço? Então, to com saudade de você, queria matar essa vontade. Beijos linda.” Então, conversaram combinaram, mas choveu, e assim não tinha como se ver. “A melhor coisa a se fazer nessas horas é ficar bem pertinho da pessoas que a gente gosta, e isso que eu quero ficar pertinho de você”, dizia a mensagem. A chuva não parava continuou durante longas duas horas. Já era tarde e a chuva não cessou era impossível se encontrar... E depois um pedido de desculpas por não terem se encontrado. “Espero que não fique com raiva de mim, quero muito ficar com voce linda! Assim foi durante a semana com mensagens de saudade e vontade de se ver. Mas uma semana de espera, na quinta não deu certo e na sexta mais uma mensagem. E, enfim, o primeiro encontro depois do último carnaval. Se olharam durante um longo tempo, se beijaram por mais tempo ainda. Ao som de uma boa música passaram aquela agradável noite. A vontade era de que aquele dia não acabasse, de que o abraço se eternizasse, a esperança não acabasse e o sorriso permanecesse sempre. Depois um cinema com muitos beijos molhados. Por fim, um sorvete com calda bem quente para aquecer a relação... no final da noite um pedido de namoro. Parecia ser inacreditável como ali naquele momento muitos sonhos antes adormecidos poderiam estar voltando a ser reais ou naturais somente, comuns naquele momento. Passaram a se ver mais, se gostar mais, se querer mais. Os desejos antes adormecidos, reprimidos, desiludidos voltavam a reaparecer aos poucos, com um pouquinho de carinho, um abraço apertadinho e após um beijo bem dado e selado ela podia sentir-se feliz, a vontade e em paz de novo. Apesar das diferenças foram se acostumando um com o outro, se conhecendo melhor durante um tempo... Então, de uma hora para outra, depois de dois dias sem se ver ela conheceu um sapato novo, diferente daquele que ela conhecia. Menos carinhoso, menos amoroso, menos confortável, menos cuidadoso, mais perigoso. Mas não percebeu no mesmo instante. Ainda esperava que uma hora chegaria a mensagem de quero te ver, estou com saudades, estou com vontade de você... A mensagem não chegou, a insegurança aumentou, o sentimentou atordoou o coração. Nesse momento ela passou a sentir o aperto que aquele sapato lhe causaura, o apego que ele se tornara. Era sempre ele em seus pés indicando a direção por onde ela deveria andar. Apesar de não ter ciência de todos esses poderes continuava ditando seus caminhos, incitando seus medos, provocando conflitos. Foi num piscar de olhos que tudo mudou e as bolhas causadas no pé inchando indicando que ela não poderia mas usá-los; dor insuportáve! Quis retirá-los, porém não conseguiu, a vontade de tê-los era maior. Chegou uma hora que de tanto usá-los... arrebentou, se soltou sozinho e o único caminho foi caminhar no chão, sem sapatos, sem proteção, sem segurança, sem conforto. O difícil é quando depois de tropeçar tanto, caminhar tanto, sujar os sapatos você ainda quer continuar vestindo o mesmo par, número errado.... enquanto o melhor é calçar novos. Então, se deu conta de que não precisava daquilo, pois haviam milhares de outros do seu tamanho. E haveria um que se encaixaria bem melhor em seus pés...